O desejo mais legal de ano novo que recebi até agora foi da minha psicóloga, faz algumas horinhas: que 2024 seja um ano diferente de todos os outros.
2023 foi esse ano muito diferente de tudo que já vivi. Quando olho pra trás, parece que coube uns três anos só nos últimos doze meses. É tanta coisa que, em um certo momento, parei de compartilhar tanto, dividir tudo com todo mundo, coisa que é no mínimo desafiadora para uma geminiana nada misteriosa — fiquei mais interessada em viver o momento presente sem imaginar como seria dividi-lo com outras pessoas, como seria transformar essas passagens em histórias organizadas com uma audiência em mente. A newsletter sofreu um bocado por isso, mas 2024 vem aí e com ele, quem sabe, mais planos pra esse espaço?
Li pouco para os meus parâmetros, mas sei que foi o bastante. Cruzei com histórias que se tornariam muito importantes pra mim. Assisti a muita coisa a trabalho, muita para me divertir, e decidi me organizar para contar histórias melhores, em meios diferentes. Uma mercenária grega fictícia e uma das viagens mais importantes da minha vida me levaram a tentar aprender um idioma novo, pelo qual sou apaixonada e seguirei estudando ano que vem.
Perdi uma sequência de 260 dias no Duolingo.
Ainda tô me recuperando do baque.
Anos assim, frescos, são arriscados. Pra cada momento exultante há também um susto; cada memória criada vem acompanhada de uma cicatriz. Perdas, saudades, desgostos esperam na esquina da vida de quem se joga intencionalmente no mundo, na vida e na arte, e tentar previnir isso é o que engessa a vida. Pode funcionar, pode funcionar até bem demais.
Por isso, aos 45 do segundo tempo, venho desejar o mesmo pra vocês. Que 2024 seja novo, fresco e surpreendente da melhor maneira possível, e que a gente tenha muita história pra contar. Vai com medo mesmo. Eu sei que sempre vou ter medo. :)
Feliz 2024 já em fevereiro, Clau! Eu mesma to morrendo de saudades <3
Que 2024 traga ainda mais momentos a serem apenas plenamente vividos 💜