Está rolando uma discussão no Twitter (e quando não tá?) sobre o absurdo que é Neil Gaiman — O Neil Gaiman — estar “praticamente implorando” que todo mundo assista a Sandman, na Netflix, para que a segunda temporada seja confirmada.
Como sempre, ótima newsletter, com mais uma ⭐️ por citar o sempre genial João.
Eu era muito, mas muito fã de Amanda até ela se tornar... complicada. Bem, tem uma edição toda do suplemento de Carreiras da FSP que eu pautei baseado no Patreon dela e do site brasileiro Overloadr. Sinto mto que hoje, pra mim, ela tenha se tornado um símbolo de uma militância branca e polêmica, muito autocentrada e egocêntrica. PORÉM, FALANDO DE GAIMAN, vc está correta e perfeita e maravilhosa, as always
migo, confesso que já fui MUITO apaixonada pela Amanda tb e de uns tempos pra cá... peguei um BODAÇO. ela fez umas merdas pelo caminho, né? vou até fuçar porque esqueci haha brigada por tudo <3
Miga! acho essa discussão interessantíssima (não só por ser sobre Sandman e Gaiman, cof cof), mas também por você trazer um ponto de vista bem diferente do que tem rolado. Não tinha visto ninguém ainda falando e reforçando que tudo bem até mesmo o grande Neil Gaiman vender seu peixe, hackear o sistema, etc (e tudo bem mesmo, tudo bem pra caralho). MAS lá vou eu discordar um pouquinho, posso? Acho que o que pega, pelo menos pra mim (mas imagino que pra algumas pessoas também), não é a questão da humilhação jamais, mas o ponto que não dá pra ignorar é que a indústria do streaming tá mudando toda hora as regras do entretenimento em massa e especialmente as métricas do que é sucesso, do que é fenômeno, e isso impacta (negativamente) na forma como a gente consome. Pra mim, é impensável e sim, triste, que essa série de Sandman não esteja com o futuro garantido (ou a gente tenha essa impressão de que não está) porque não importa se criativamente ela é incrível, se as pessoas gostaram e consumiram de um jeito muito próprio, porque a Netflix só se importa com uma % tal de horas assistidas e especificamente, em modo maratona e cancela até mesmo séries que dão certo, que são amadas, que fazem barulho, por motivos insondáveis. Pode ser que nada do que a gente faça dê certo ou que nem precisasse dessa mobilização toda. É obscuro nesse nível.
A gente sabe bem que é uma indústria cruel, mas as últimas notícias têm mostrado como as regras estão ficando cada vez mais cruéis e injustas. Pra mim, tudo isso estraga muito a experiência final do público, ainda mais falando de uma série como essa, que é reflexiva, que é lenta, que é imersiva. Eu não quero ter que maratonar loucamente Sandman porque se não a Netflix vai cancelar mesmo que a série esteja dando super certo, ou porque se não o meu view não vai contar. Acho tudo isso absurdo e pra mim, impede o gande objetivo da coisa: usufruir, no seu tempo, do seu jeito, daquela obra de arte. Não é bom pra ninguém que o mercado esteja tão competitivo e duro nesse nível e entendo demais seu ponto da comunidade se engajar pra hackear esse sistema, mas talvez eu seja muito idealista de querer que a gente não precise disso. Pelo menos, não dessa maneira. Deve ser muito duro construir um universo inteiro nesse terreno tão instável, que pode colapsar a qualquer momento. Te adoro, desculpa o textão, mas o assunto me toca de muitas maneiras. Amo sua news (e tudo que vc faz) <3
amiga!!!!! por mim nem discordamos, você foi PERFEITA e só enriqueceu a conversa trazendo seus pontos de vista <3 faz todo, todo, todo sentido. a apreciação da arte - ou até consumo, se a gente quiser usar a palavra - não devia ter senso de urgência, né? nem ser determinada por uma indústria, como você falou perfeitamente. fiquei pensativa por aqui nas maneiras que podemos usar pra questionar esses processos... agora quero um bar pra gente continuar fofocando! te adoro e muito muito obrigada MESMO <3
eu fui ler isso tudo só agora (sim) e concordo com as duas? Neil faz certo em lutar por sua cria, mas a natureza dessa metáfora não deveria ser assim tão cruel. Eu, me sentindo uma gota de água com uma dose microscópica dos sais minerais que sandman precisa absorver em pouquíssimo tempo pra sobreviver nessas condições, realmente gostaria de fornecer minhas moléculas da forma que achar melhor. É bizarro discutir com algoritmo. Tem uma cena da última temporada de Barry (já falei sobre com Gabi mas não com Clau - acho) que é icônica nesse sentido. Recomendo!
tá todo mundo certo. errado, aqui, só o regime de hiper atenção. acho.
Como sempre, ótima newsletter, com mais uma ⭐️ por citar o sempre genial João.
Eu era muito, mas muito fã de Amanda até ela se tornar... complicada. Bem, tem uma edição toda do suplemento de Carreiras da FSP que eu pautei baseado no Patreon dela e do site brasileiro Overloadr. Sinto mto que hoje, pra mim, ela tenha se tornado um símbolo de uma militância branca e polêmica, muito autocentrada e egocêntrica. PORÉM, FALANDO DE GAIMAN, vc está correta e perfeita e maravilhosa, as always
migo, confesso que já fui MUITO apaixonada pela Amanda tb e de uns tempos pra cá... peguei um BODAÇO. ela fez umas merdas pelo caminho, né? vou até fuçar porque esqueci haha brigada por tudo <3
Miga! acho essa discussão interessantíssima (não só por ser sobre Sandman e Gaiman, cof cof), mas também por você trazer um ponto de vista bem diferente do que tem rolado. Não tinha visto ninguém ainda falando e reforçando que tudo bem até mesmo o grande Neil Gaiman vender seu peixe, hackear o sistema, etc (e tudo bem mesmo, tudo bem pra caralho). MAS lá vou eu discordar um pouquinho, posso? Acho que o que pega, pelo menos pra mim (mas imagino que pra algumas pessoas também), não é a questão da humilhação jamais, mas o ponto que não dá pra ignorar é que a indústria do streaming tá mudando toda hora as regras do entretenimento em massa e especialmente as métricas do que é sucesso, do que é fenômeno, e isso impacta (negativamente) na forma como a gente consome. Pra mim, é impensável e sim, triste, que essa série de Sandman não esteja com o futuro garantido (ou a gente tenha essa impressão de que não está) porque não importa se criativamente ela é incrível, se as pessoas gostaram e consumiram de um jeito muito próprio, porque a Netflix só se importa com uma % tal de horas assistidas e especificamente, em modo maratona e cancela até mesmo séries que dão certo, que são amadas, que fazem barulho, por motivos insondáveis. Pode ser que nada do que a gente faça dê certo ou que nem precisasse dessa mobilização toda. É obscuro nesse nível.
A gente sabe bem que é uma indústria cruel, mas as últimas notícias têm mostrado como as regras estão ficando cada vez mais cruéis e injustas. Pra mim, tudo isso estraga muito a experiência final do público, ainda mais falando de uma série como essa, que é reflexiva, que é lenta, que é imersiva. Eu não quero ter que maratonar loucamente Sandman porque se não a Netflix vai cancelar mesmo que a série esteja dando super certo, ou porque se não o meu view não vai contar. Acho tudo isso absurdo e pra mim, impede o gande objetivo da coisa: usufruir, no seu tempo, do seu jeito, daquela obra de arte. Não é bom pra ninguém que o mercado esteja tão competitivo e duro nesse nível e entendo demais seu ponto da comunidade se engajar pra hackear esse sistema, mas talvez eu seja muito idealista de querer que a gente não precise disso. Pelo menos, não dessa maneira. Deve ser muito duro construir um universo inteiro nesse terreno tão instável, que pode colapsar a qualquer momento. Te adoro, desculpa o textão, mas o assunto me toca de muitas maneiras. Amo sua news (e tudo que vc faz) <3
amiga!!!!! por mim nem discordamos, você foi PERFEITA e só enriqueceu a conversa trazendo seus pontos de vista <3 faz todo, todo, todo sentido. a apreciação da arte - ou até consumo, se a gente quiser usar a palavra - não devia ter senso de urgência, né? nem ser determinada por uma indústria, como você falou perfeitamente. fiquei pensativa por aqui nas maneiras que podemos usar pra questionar esses processos... agora quero um bar pra gente continuar fofocando! te adoro e muito muito obrigada MESMO <3
eu fui ler isso tudo só agora (sim) e concordo com as duas? Neil faz certo em lutar por sua cria, mas a natureza dessa metáfora não deveria ser assim tão cruel. Eu, me sentindo uma gota de água com uma dose microscópica dos sais minerais que sandman precisa absorver em pouquíssimo tempo pra sobreviver nessas condições, realmente gostaria de fornecer minhas moléculas da forma que achar melhor. É bizarro discutir com algoritmo. Tem uma cena da última temporada de Barry (já falei sobre com Gabi mas não com Clau - acho) que é icônica nesse sentido. Recomendo!
tá todo mundo certo. errado, aqui, só o regime de hiper atenção. acho.
saudade de vocês ❤️